11 de agosto de 2008

O pão de Valongo

Durante muitos anos Valongo era conhecido por fornecer pão a muitas outras terras à sua volta, com especial destaque para a cidade do Porto. A história do concelho confunde-se com a própria história do pão, cuja indústria foi sempre muito desenvolvida pelas pessoas da região. De certa forma tinham obrigação de desenvolver um trabalho nesta área, pois possuiam condições para tal. Os campos de cultivo eram férteis e os moinhos nos rios, com a força das águas, moíam o grão e faziam a farinha. Quase não havia uma casa que não tivesse forno para cozer pão, fazer biscoitos, regueifas e bolachas.

Ainda hoje Valongo tem vários moinhos de água para admirar. O da Ponte do Rio Ferreira tem ainda os instrumentos que faziam parte do dia-a-dia de uma das maiores e mais importantes actividades que deu grande crescimento a Valongo: a panificação e o fabrico de biscoitos.

O pão pequenino, designado molete, foi inventado aqui. Durante as Invasões Francesas era em Valongo que se fazia o pão que se comia no Porto. O general francês que comandava o exército inimigo, Molet, era grande apreciador desse pão. Em Valongo, os padeiros já sabiam que todos os dias o pão tinha que estar pronto à mesma hora e quando colocavam as cestas nas carroças que iam para o Porto diziam: Lá vai o pão para o Molete! (Como não sabiam falar francês, era assim que o chamavam.) Desta forma começou-se a chamar de "moletes" aos pãezinhos pequeninos de Valongo.

Em 2005, foi inaugurado o Núcleo Museológico de Panificação que é, também, uma homenagem às padeiras que, de madrugada, saíam de casa com os cestos de pão na cabeça para fazer as entregas.

1 comentário:

cilinha disse...

linda a nossa historia de Valongo e´pena nao contares o resto da historia das outras capelas que tem a nossa cidade a de s.Justa ,s.da Hora a capela de s.Bruno que era onde esta agora o Museu A NOSSA HISTORIA E´LINDISSIMAue ja a li o livro era muito antigo era escrito como se escrevia antigamente muito lindo o nosso Senhor do Padrao ,e´meu vizinho;
Por favor continua a contar a nossa historia .Uma valonguense